sábado, 20 de março de 2010

Curriculum Vitae


A expressão Curriculum Vitae vem do latim onde “vitae” é vida e “curriculum” tem o sentido de trajetória, curso ou carreira. Logo, se fôssemos traduzir a tal expressão seria algo como “a trajetória da vida”.

No francês, também é chamado de Résumé que quer dizer “resumo”, ou seja, o resumo da sua trajetória de vida profissional. Pode ser encontrado abreviado como CV e ainda como currículo - adaptação na língua portuguesa – a qual é a mais vantajosa, uma vez que temos o plural “currículos” em contraposição com o latino “curricula vitae”.

Então, o Curriculum Vitae terá como objetivo trazer uma síntese das qualificações, experiências profissionais, formação acadêmica e dados pessoais. Neste último, não se usa mais colocar naturalidade, filiação, no caso de RG e CPF, só quando solicitado, caso contrário, não é necessário. A foto, que foi banida há algum tempo, volta com ênfase total e permite até mesmo um leve sorriso.

O importante é que o empregador tenha um perfil do candidato, sem mesmo conhecê-lo pessoalmente. O CV é como se fosse a primeira porta aberta na conquista do emprego e, por isso, é essencial.

Atualmente, há programas que permitem a elaboração de currículo, o qual é entregue diretamente ao responsável via on-line. No entanto, o digitado e impresso ainda é o mais utilizado, mesmo que enviado por e-mail.

Seja claro e objetivo, não “faça rodeios”, como dizem. Revise seu CV para verificar se não ficou erros de ortografia. Não rasure, nem passe corretivo. Cuidado para não amassá-lo, de preferência coloque dentro de uma pasta plástica. Seja simples e objetivo, escreva o necessário de maneira clara.

A estrutura do Curriculum Vitae apresenta-se, hoje em dia, da seguinte forma:

a) Dados pessoais: Nome, idade, estado civil, endereço, telefones e e-mail, foto (tamanho 3x4) ao lado. Se colocar telefone de recado, especifique o nome da pessoa responsável.

b) Objetivos: Especifique seus objetivos no cargo pretendido.

c) Qualificações: Neste espaço você coloca suas qualificações, suas qualidades profissionais, dê em média 5 exemplos (habilidade com pessoas, excelente escrita, boa comunicação verbal, etc.)

d) Escolaridade: Formação Acadêmica: coloque somente a última formação. (Ex: superior incompleto em Ciências Econômicas, período, ano de conclusão). Caso tenha pós-graduação, especifique-a.

e) Cursos de aperfeiçoamento: Seminários, palestras, simpósios, etc. (desde que tenha certificado). Coloque só os dois últimos ou o que o ajudaria no emprego almejado.

f) Idiomas e Informática: Neste local, só especifique o seu nível de inglês. Se for só o básico, é melhor não colocar. No caso da Informática, indique os cursos que fez ou que domina.

g) Experiência Profissional: Coloque só as três últimas, se tiver.

h) Referência Profissional: De preferência do último ou penúltimo emprego. Coloque o nome e telefone de contato do ex-chefe, ou ex-diretor. Alguém que possa falar bem de sua vida profissional dentro da empresa.

Por fim, se houver necessidade, especifique a pretensão salarial. Nunca coloque “a combinar”, pois se o empregador está solicitando, é porque quer saber. Na dúvida, pesquise os salários pagos no mercado para a função almejada.

Observação importante: O CV deve ter no máximo 2 folhas inteiras! E mais: toda informação deve ser verídica! Nunca invente nada, mesmo porque se for testado na entrevista a respeito de algo que declarou falsamente, irá passar vergonha!

REGÊNCIA


É a parte da Gramática Normativa que estuda a relação entre dois termos, verificando se um termo serve de complemento a outro. A palavra ou oração que governa ou rege as outras chama-se regente ou subordinante;
os termos ou oração que dela dependem são os regidos ou subordinados.
Ex.: Aspiro o perfume da flor. (cheirar)/ Aspiro a uma vida melhor. (desejar)

Regência Verbal

1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.
Ex.:
Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.

2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.
Ex.: Ele
mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.

3- Namorar – não se usa com preposição.
Ex.: Joana
namora Antônio.

4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.
Ex.: As crianças
obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.

5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.
Ex.:
Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.

Estes verbos não são pronominais, portanto, são considerados construções erradas quando aparecem acompanhados de pronome oblíquo: Simpatizo-me com Lúcio./ Antipatizo-me com meu professor de História.

6- Preferir - este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposição e o outro com a preposição a.
Ex.:
Prefiro dançar a fazer ginástica.


Segundo a linguagem formal, é errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc.
Ex.: Prefiro
mil vezes dançar a fazer ginástica.

Verbos que apresentam mais de uma regência

1 - Aspirar
a- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.
b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida
a que aspirava.

2 - Assistir
a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.
Ex.: Não
assistimos ao show.

c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.
Ex.:
Assiste ao homem tal direito.

d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.
Ex.:
Assistiu em Maceió por muito tempo.

3 - Esquecer/lembrar
a- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição.
Ex.:
Esqueci o nome dela.

b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.
Ex.:
Lembrei-me do nome de todos.

4 - Visar
a) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.

b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.:
Visaram os documentos.

c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.
Ex.:
Viso a uma situação melhor.

5 - Querer
a) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.

b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a.
Ex.:
Quero muito aos meus amigos.

6 - Proceder
a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.
Ex.: Suas queixas não
procedem.

b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.
Ex.: Muitos males da humanidade
procedem da falta de respeito ao próximo.

c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.
Ex.: Os detetives
procederam a uma investigação criteriosa.

7 - Pagar/ perdoar
a) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela
pagou a conta do restaurante.

b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. Ex.:
Perdoou a todos,

8 - Informar
a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:

1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre). Ex.: Informou todos do ocorrido.
2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.:
Informou a todos o ocorrido.

9 - Implicar
a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.
Ex.: Esta decisão
implicará sérias conseqüências.

b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposição em.
Ex.:
Implicou o negociante no crime.

c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.
Ex.:
Implica com ela todo o tempo.

10- Custar
a) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender o problema.

b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O carro
custou-me todas as economias.

c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.
Ex.: Imóveis
custam caro.

Regência Nominal

Alguns nomes também exigem complementos preposicionados. Conheça alguns:

acessível a

acostumado a, com

adaptado a, para

afável com, para com

aflito com, em, para, por

agradável a

alheio a, de

alienado a, de

alusão a

amante de

análogo a

ansioso de, para, por

apto a, para

atento a, em

aversão a, para, por

ávido de, por

benéfico a

capaz de, para

certo de

compatível com

compreensível a

comum a, de

constante em

contemporâneo a, de

contrário a

curioso de, para, por

desatento a

descontente com

desejoso de

desfavorável a

devoto a, de

diferente de

difícil de

digno de

entendido em

equivalente a

erudito em

escasso de

essencial para

estranho a

fácil de

favorável a

fiel a

firme em

generoso com

grato a

hábil em

habituado a

horror a

hostil a

idêntico a

impossível de

impróprio para

imune a

incompatível com

inconseqüente com

indeciso em

independente de, em

indiferente a

indigno de

inerente a

insaciável de

leal a

lento em

liberal com

medo a, de

natural de

necessário a

negligente em

nocivo a

ojeriza a, por

paralelo a

parco em, de

passível de

perito em

permissivo a

perpendicular a

pertinaz em

possível de

possuído de

posterior a

preferível a

prejudicial a

prestes a

propenso a, para

propício a

próximo a, de

relacionado com

residente em

responsável por

rico de, em

seguro de, em

semelhante a

sensível a

sito em

suspeito de

útil a, para

versado em

CONCORDÂNCIA VERBAL


Regra geral:

Estudar a concordância verbal é, basicamente, estudar o sujeito, pois é com este que o verbo concorda. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também o estará; se o sujeito estiver no plural, o mesmo acontece com o verbo. Então, para saber se o verbo deve ficar no singular ou no plural, deve-se procurar o sujeito, perguntando ao verbo Que(m) é que pratica ou sofre a ação? ou Que(m) é que possui a qualidade? A resposta indicará como o verbo deverá ficar.

Por exemplo, a frase As instalações da empresa são precárias tem como sujeito “as instalações da empresa”, cujo núcleo é a palavra instalações, pois elas é que são precárias, e não a empresa; por isso o verbo fica no plural.
Até aí tudo bem. O problema surge, quando o sujeito é uma expressão complexa, ou uma palavra que suscite dúvidas. São os casos especiais, que estudaremos agora:

01) Coletivo: Quando o sujeito for um substantivo coletivo, como, por exemplo, bando, multidão, matilha, arquipélago, trança, cacho, etc., ou uma palavra no singular que indique diversos elementos, como, por exemplo, maioria, minoria, pequena parte, grande parte, metade, porção, etc., poderão ocorrer três circunstâncias:

A) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de qualquer restritivo: Nesse caso, o verbo ficará no singular, concordando com o coletivo, que é singular.
Ex. A multidão invadiu o campo após o jogo.
O bando sobrevoou a cidade.
A maioria está contra as medidas do governo.

B) O coletivo funciona como sujeito, acompanhado de restritivo no plural: Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. A multidão de torcedores invadiu / invadiram o campo após o jogo.
O bando de pássaros sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
A maioria dos cidadãos está / estão contra as medidas do governo.

C) O coletivo funciona como sujeito, sem acompanhamento de restritivo, e se encontra distante do verbo: Nesse caso, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. A multidão, após o jogo, invadiu / invadiram o campo.
O bando, ontem à noite, sobrevoou / sobrevoaram a cidade.
A maioria, hoje em dia, está / estão contra as medidas do governo.

Um milhão, um bilhão, um trilhão:

Com um milhão, um bilhão, um trilhão, o verbo deverá ficar no singular. Caso surja a conjunção e, o verbo ficará no plural.
Ex. Um milhão de pessoas assistiu ao comício
Um milhão e cem mil pessoas assistiram ao comício.

02) Mais de, menos de, cerca de, perto de: quando o sujeito for iniciado por uma dessas expressões, o verbo concordará com o numeral que vier imediatamente à frente.

Ex. Mais de uma
criança se machucou no brinquedo.
Menos de dez pessoas chegaram na hora marcada.
Cerca de duzentos mil reais foram surripiados.

Quando Mais de um estiver indicando reciprocidade ou com a expressão repetida, o verbo ficará no plural.

Ex. Mais de uma pessoa agrediram-se.
Mais de um carro se entrechocaram.
Mais de um deputado se xingaram durante a sessão.

03) Nome próprio no plural: quando houver um nome próprio usado apenas no plural, deve-se analisar o elemento a que ele se refere:

A) Se for nome de obra, o verbo tanto poderá ficar no singular, quanto no plural.
Ex. Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram Camões.
Os Sertões marca / marcam uma época da Literatura Brasileira.

B) Se for nome de lugar - cidade, estado, país... - o verbo concordará com o artigo; caso não haja artigo, o verbo ficará no singular.
Ex. Os Estados Unidos comandam o mundo.
Campinas fica em São Paulo.
Os Andes cortam a América do Sul.

04) Qual de nós / Quais de nós: quando o sujeito contiver as expressões ...de nós, ...de vós ou ...de vocês, deve-se analisar o elemento que surgir antes dessas expressões:

A) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no singular (qual, quem, cada um, alguém, algum...), o verbo deverá ficar no singular.
Ex. Quem de nós irá conseguir o intento?
Quem de vós trará o que pedi?
Cada um de vocês deve ser responsável por seu material.

B) Se o elemento que surgir antes das expressões estiver no plural (quais, alguns, muitos...), o verbo tanto poderá ficar na terceira pessoa do plural, quanto concordar com o pronome nós ou vós.
Ex. Quantos de nós irão / iremos conseguir o intento?
Quais de vós trarão / trareis o que pedi?
Muitos de vocês não se responsabilizam por seu material.

Pronomes Relativos:

Quando o pronome relativo exercer a função de sujeito, deveremos analisar o seguinte:

A) Pronome Relativo que: o verbo concordará com o elemento antecedente.
Ex. Fui eu que quebrei a vidraça. (Eu quebrei a vidraça)
Fomos nós que telefonamos a você. (Nós telefonamos a você)
Estes são os garotos que foram expulsos da escola. (Os garotos foram expulsos)

Resenha!!!


As resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.

Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:

1. Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;

2. Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;

3. Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;

4. Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;

5. Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.

6. Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.

7. Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.

8. Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”

Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.

Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:

1. Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;

2. Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;

3. Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;

4. Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;

5. Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.

Conclusão

Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.

As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno